quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Visitando o British Museum



         Sábado, sete de setembro, dia da Independência do Brasil e indo pela primeira vez ao British Museum. Coincidência? Inconsciente?

           Indo no metrô me lembrei que, ano passado, bem nessa época, o trabalho educativo do Museu Paulista, Ipiranga, São Paulo, estava a todo vapor, criando e concebendo atividades para acontecer ao lado de fora do museu (e, acompanhando a página do museu no facebook, vi que esse ano foi igual), por causa das filas enormes e do grande público que visita o parque da Independência nesse dia.

          Igualmente, é curioso ir hoje, pela primeira vez, num dos museus europeus criados pelo colonizador para ostentar as riquezas de suas conquistas e o processo civilizatório.

           E tudo isso está no British Museum, museu enorme, não consegui ver tudo no dia que passei lá obviamente.

             Também me lembrei do comentário de uma amiga e ex-aluna ao ver as fotos que tenho postado no facebook: “mas só tem lugar bonito aí, fotografa alguma coisa feia”. Se foi ou não a intenção dela, o fato é que esse comentário me provocou, no sentido positivo; estaria eu com o olhar do colonizador? Pois se mudar o prisma, o bonito fica feio, quero dizer, olhando parte do acervo do British Museum, pensando que ele foi constituído a partir de um processo de dominação, e que toda dominação é por si só violenta, o bonito pode ser feio se visto com o olhar do colonizado. Seria esse o caminho para se passar do maravilhamento à reflexão?

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