domingo, 8 de setembro de 2013

Pais e mães ingleses, muito interessante...

            Já havia notado a presença de pais nos parques com seus filhos no período das férias, mas até então não havia parado para pensar nisso...
           Então, na Tate Modern notei que em ambos os banheiros, femininos e masculinos, havia aquela placa sinalizando a existência do trocador. Adorei, nunca tinha visto isso no Brasil, normalmente o trocador fica no banheiro feminino. Comentei com minha amiga que mora aqui há anos e tem um filho de 4 anos. Ela me disse que aqui é muito comum pais que pedem licença do emprego para cuidar dos filhos e são as mulheres que trabalham. O que fez muito sentido, pois, diferente do Brasil, é muito difícil e caro cuidar dos filhos, até 3 anos não tem escola pública, depois dos 3 aos 4, eles ficam na escola - nursery - por apenas 3 horas. No ano em que a criança faz 5 anos ela entra na escola integral, mas o integral é das 8h30 às 15h30, sendo que só podem ir e voltar da escola sozinhas depois que tem 11 anos. Pagar escola particular ou alguém para cuidar é muuuuito caro, cobra-se por hora. Quem consegue trabalhar?
          Daí imaginei que para um casal com filhos, se o salário da mulher é maior, vale a pena o pai se afastar do trabalho, não é óbvio?

          E hoje presenciei algo que admirei muito, bem que o Brasil poderia copiar, vestiário familiar numa academia! Assim, podem entrar pais ou mães com seus filhos, algo inimaginável no Brasil, onde os meninos entram com as mães no vesti´rio feminino, mas e quando são meninas e vão com os pais?
          Pelo que soube, isso foi conseguido aqui, fruto de uma luta de um escritor que é gay e adotou 5 filhos, dentre os quais duas são meninas.
          No vestiário tem cabines fechadas para trocar de roupa, tomar banho etc., mas não se define a entrada pelo gênero, muito bom!!!

2 comentários:

  1. Que coisa mais linda de ler, Val. E dá esperança de que, mesmo nesse caos, algumas coisas ajudem a gente a viver melhor, a respirar melhor. São sutis e muito simples detalhes que podem tanto desconstruir as desigualdades de gênero, como podem construí-las também.

    Um beijo

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  2. Realmente, aqui no Brasil é difícil, mas está melhorando bastante. Eu tive problemas com fraldários em banheiros femininos até no SESC, mas hoje há muitos fraldários fora dos banheiros. Vestiários e banheiros são um problema mesmo - um pai levar uma filha ou uma mãe levar um filho... Vai no masculino ou feminino?
    Muito bom ler um relato de um país que preza a educação, nos dois sentidos!
    Beijos,
    Grilo D

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