A escola chama-se Grange Primary School, ela está
no Year 5, equivalente ao 4º. Ano no Brasil, mas é muito diferente, das 8h45 às
15h20, as crianças sentam-se em grupos na sala de aula. Ainda não tenho muito o
que dizer, apenas pelo que a Helena me conta e que percebo em sua fala e em seu
material. Ela tem aulas de Educação Física, Arte, Música e Espanhol com
professores diferentes do polivalente. Matemática ela também muda de sala,
poderia continuar na mesma, mas ela gosta mais da outra professora. Com o
professor de sua sala, Mr. Sagar, ela tem aulas de Literacy e outras coisas, não
sei ao certo, como ela ainda não entende tudo o que ele fala, fica meio
perdida, mas percebo que há uma ênfase enorme em leitura e compreensão do
texto/livro. Tem uma disciplina que é D.T., Design and Technology, ela está
aprendendo a construir uma máquina simples, parece aula de mecânica.
História
e Geografia é junto, chama-se Humanities, estão aprendendo sobre a Inglaterra
Vitoriana, mas pelo que eu entendi, estão comparando os tempos, como era
naquela época, como é hoje, achei interessante.
Lição de casa só na sexta-feira,
para entregar na quarta da semana seguinte, achei interessante que a de matemática
era fácil, contas simples e problemas, mas a proposta era fazer os cálculos
mentalmente, ao final o próprio aluno avaliava com sim, não ou mais ou menos se
ele havia conseguido. Bem, são muitas novidades, eu vou contando melhor com o
passar do tempo. Também tem um livro da biblioteca para ler em casa,
diariamente, e eu devo acompanhar a leitura e fazer anotações de seu desempenho
num caderno.
Hoje também teve a primeira
reunião de pais na escola, igual no Brasil, o professor se apresenta e apresenta
o que vai trabalhar com os alunos, os passeios que farão... Mas, o que me
deixou mais feliz, foi ver que ela fez amizades, que as meninas vieram se
despedir dela, pois a reunião foi no final do dia, com beijinhos...
Aliás,
falando sobre o cotidiano da Helena, esta semana ela foi sozinha para a aula de
balé, uma caminhada de uns 15 minutos. No Brasil ela nunca tinha ido tão longe
sozinha, atravessando ruas etc. Dei todas as recomendações, revisamos
mentalmente o caminho, ela levou o celular e a deixei ir. Depois, perguntando a
ela como foi, se ficou assustada, animada, ou o que, ela disse:
Foi normal, fiquei contando
pontos: sai de casa e fui caminhando sem olhar para trás, 20 pontos, passava pelas
pessoas, 10 pontos cada, por cachorros, 100 pontos cada, teve um cachorro que
me assustei, então me dei 25 pontos só, e assim foi...