"Travelling to the wonderland" é uma instalação no jardim do Victoria and Albert Museum que ficará lá até março do ano que vem, quem puder visitar... É simplesmente maravilhosa, baseada numa antiga história chinesa de um pescador que descobriu uma terra atrás das montanhas, um mundo ideal, no qual as pessoas viviam em harmonia com a natureza... Então, é isso, na primeira volta eu viajei no mundo criado por ele, com os sons, as águas, as miniaturas de animais, casas, de vida, na segunda volta eu descobri mais sons, mais vida, na terceira volta eu ri... Mas estava muito frio, daí não consegui mais dar nenhuma volta nesse mundo maravilhoso recriado por Xu Bing...
"É estranho, mas as coisas boas e os dias agradáveis são narrados depressa, e não há muito o que ouvir sobre eles, enquanto as coisas desconfortáveis, palpitantes e até mesmo horríveis podem dar uma boa história e levar um bom tempo para contar" (J. R. R. Tolkien)
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
"Travelling to the wonderland"
Esse é o título da instalação do artista chinês Xu Bing, vale conferir seu website: http://www.xubing.com/index.php
"Travelling to the wonderland" é uma instalação no jardim do Victoria and Albert Museum que ficará lá até março do ano que vem, quem puder visitar... É simplesmente maravilhosa, baseada numa antiga história chinesa de um pescador que descobriu uma terra atrás das montanhas, um mundo ideal, no qual as pessoas viviam em harmonia com a natureza... Então, é isso, na primeira volta eu viajei no mundo criado por ele, com os sons, as águas, as miniaturas de animais, casas, de vida, na segunda volta eu descobri mais sons, mais vida, na terceira volta eu ri... Mas estava muito frio, daí não consegui mais dar nenhuma volta nesse mundo maravilhoso recriado por Xu Bing...
"Travelling to the wonderland" é uma instalação no jardim do Victoria and Albert Museum que ficará lá até março do ano que vem, quem puder visitar... É simplesmente maravilhosa, baseada numa antiga história chinesa de um pescador que descobriu uma terra atrás das montanhas, um mundo ideal, no qual as pessoas viviam em harmonia com a natureza... Então, é isso, na primeira volta eu viajei no mundo criado por ele, com os sons, as águas, as miniaturas de animais, casas, de vida, na segunda volta eu descobri mais sons, mais vida, na terceira volta eu ri... Mas estava muito frio, daí não consegui mais dar nenhuma volta nesse mundo maravilhoso recriado por Xu Bing...
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Imagem cheia de metáforas
19 de outubro, há dez anos nesse mesmo dia, eu caí
da moto durante a aula, no dia seguinte descobri que estava grávida da minha
grande parceira desta aventura, resultado, nunca mais subi na moto. Hoje, dez
anos mais tarde, é ela quem sobe na bicicleta, determinada a aprender a se
equilibrar e sair pedalando.
Uma
vez vi um comercial, não me lembro de que, de um pai ensinando o filho andar de
bicicleta, ele estava segurando o banco e foi soltando devagar e o menino foi
se afastando... Bem, foi exatamente assim. Uma imagem cheia de metáforas, se é
que isso é possível, mas não sei definir de outro jeito. Depois de dois meses e
dez dias morando em Londres, foram tantas as experiências, de todo tipo, a
cultura diferente, a casa, a escola, os amigos, os passeios, toda essa mudança,
que é possível vê-la amadurecendo, tão depressa. Alguns amigos me diziam, nossa a Helena é tão madura para a idade
dela! Imagino o que diriam se a vissem agora!
Eu,
que sempre tento criá-la para que se torne uma mulher independente, livre,
corajosa, às vezes me questiono se estou conseguindo, daí as metáforas em vê-la
indo na bicicleta, ganhando sua independência, se afastando...
Como
ensinar a andar de bicicleta? Daí outra metáfora dessa imagem, sempre li que o
conhecimento tácito é aquele que a gente tem e não sabe explicar, a gente sabe
de algo e pronto, como andar de bicicleta, por exemplo. Tentei mostrar como eu
fazia, tentei teorizar como se equilibrar, em vão, impossibilidades... Foi o
querer aprender que a fez conseguir, encontrar o seu próprio método. Ela caiu
de um lado, de outro, de frente, caiu e foi levantando, até que conseguiu. Pensei
que isso já aconteceu em vários momentos de sua vida, muito do que ela aprendeu,
aprendeu porque quis, como todo mundo, eu acho, será que temos essa consciência?
Enfim,
estamos aqui, conquistando nossos conhecimentos, realizando nossos desejos, nos
divertindo, nos tornando mais livres, hoje ela me disse:
Se com nove anos eu já realizei
tantos sonhos, com 25 eu já vou ter realizado todos os meus sonhos e muito
mais...
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Percepções sobre ensinar/aprender do ponto de vista do aluno
Pós dia dos professores comemorado no Brasil é sobre mais uma aspecto da escola da Helena que vou falar agora. Como já disse,
ela está no Year 5, existem 3 salas desta mesma série, cada um com seu
respectivo professor titular, digamos assim, o professor dela é o Mr. Sagar. Mas,
para as aulas de matemática os alunos são reagrupados, ela já passou pelos três
professores, inicialmente Mrs. Morato, logo na primeira semana, ela não
entendeu exatamente esta divisão, mas seguiu um colega que a estava auxiliando,
ela adorou a professora, porque ela não gosta muito do professor dela mesmo, o
Mr. Sagar. Porém, depois de algumas semanas de aula e uns testes, Mrs. Morato
avisou-a de que seria melhor que ela ficasse na aula de matemática com o Mr. Sagar,
pois a sala dele era mais forte e ela estava indo muito bem nas aulas. Bem, ela
sofreu, mas enfim, foi. Depois de algumas semanas, novo teste, ela não foi
muito bem, daí foi classificada para a sala da Mrs. Dodwell. Eu achei
esquisito, pois ela muito boa de matemática, mas a Helena me explicou que no
final todos os alunos vão atingir o mesmo nível, isso é indicado na sala, os
alunos podem ver em que nível estão.
Mas
é sobre a diferença no modo de ensinar e aprender que quero falar aqui, mesma
escola, mesmos objetivos, mesma filosofia, mas professores que fazem a
diferença, professores que constroem o conhecimento:
A Mrs. Dodwell senta numa cadeira
mais baixa e os alunos que quiserem podem se sentar no chão perto dela, ela
atende todos os que tem dificuldade ao mesmo tempo, todo mundo aprende junto.
Mas o Mr. Sagar não faz isso?
Faz, mas é diferente, ela senta
perto, mas atende um de cada vez e não parece que ele faz com amor, sei lá,
acho que a cara dele. E tem mais, quando ele vai explicar uma coisa nova ele
chama um aluno na lousa e vai explicando, a Mrs. Dodwell escreve na lousa e vai
perguntando pra sala toda: e agora pessoal, o que vocês acham que eu faço aqui?
E agora? Aí, todo mundo vai fazendo junto.
Bem,
eu estou adorando a escola, tem reunião com os pais pra tudo, todos os informes
e lembretes vêm por torpedo no celular, além da newsletter de toda sexta feira. Aqui tem, como no Brasil, um
preconceito contra a escola pública e amanhã, por exemplo, vai ter o strike day, os professores vão parar por
um dia para protestar, mas nem todos, alguns poucos da escola dela trabalharão,
já veio o aviso, daí que nestas salas haverá aula, nas outras, a maioria, não.
Enfim,
relatos de pós dia do professor, professores que fazem a diferença, e que as
crianças percebem essa diferença.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Ah, o outono...
Sim, o outono... Desde que cheguei aqui em Londres e vi as lindas árvores nos parques, pensei como seriam elas com a chegada do outono. E o outono chegou. Não é um ensaio fotográfico, pois não tenho a habilidade nem o equipamento para isso, mas são as minhas impressões desta estação que muda tudo... muda o ar... muda o vestir... muda o olhar...
Dá pra ver a transformação...
De perto e de longe...
Quem disse que as folhas das árvores são verdes? E que verde e marrom é sempre verde e marrom?
O outono também chegou nas ruas...
...
e nos jardins e quintais...
Sentada,
sozinha, tomando um café na British Library, sentindo falta de alguém para
conversar, não me sentindo sozinha, pois adoro meus passeios solitários,
introspectivos, mas querendo conversar com alguém.
Conversas
interessantes e, às vezes, aparentemente sem importância ao mesmo tempo, cmo as
que eu tenho com a Márcia, a Zizi, a Kakau, o Sidiney... Conversas sobre o que
vi hoje, a Tate, Londres, os ingleses, os não ingleses... Falar sobre os livros
da biblioteca e também sobre o atendente do café, espanhol, eu acho, lindíssimo!
Adoro
explorar a cidade com a Helena, com a Cris. Mas hoje, pela primeira vez desde
que cheguei, senti falta dos amigos que ficaram no Brasil. Deve ser o outono...
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